Saturday 29 November 2008

ÍNDIA

Himachal Pradesh - Chamam-me Arjuna
Chamam-me Arjuna.
O vento proclama os meus feitos. Contos, lendas ou simplesmente boatos, fazem-nos deitar-se na boca de uma mulher de jovem idade, que nunca conheci. À volta da fogueira numa noite de Inverno frio, eles juntam-se para louvar e matar fantasmas, ou demónios, pela espada no sangue do campo de batalha. Mas verdade é, as nuvens pretas por cima do vale carregam tristezas, e a penitência é demasiada pesada para as minhas costas, as mulas estão exaustas debaixo do peso dos meus pecados, e o meu castigo escurece todo o amor e a irmandade dos meus olhos. Assim o ódio é a sombra que supera a sanidade dos meus actos e feitos, quando agarro o pescoço destes homens novos e os afugento para longe, mandando-os para os infernos mais escuros para o resto das vidas insignificantes deles.



Danação eterna para os meus inimigos, hão-de arder na estupidez deles. A culpa não assustará a minha mão quando as palavras não vingam, farei com que as suas faces tocam o chão debaixo do meu pé, assim será.

A paz silenciosa da destruição que flutua depois da batalha, invade a minha alma, desvanece a violência, posso erguer novamente a minha cabeça por cima das nuvens, e o meu rosto é abençoado pelo calor do sol.

Meu é nome é Arjuna e é um nome bom que eu recupero. Eu sou Arjuna e lavarei os seus pés antes de beijá-los, porque posso ver o seu rosto sorrindo-me sem estar aqui.

Os corvos gritam o meu nome lá no topo, nas altas montanhas.

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