BARITA

As fotografias aqui incluídas faziam parte de uma seleção que me serviu de portfolio durante uns tempos, e que nunca tive grande oportunidade de mostrar. Foram fotografias feitas em verdadeiro papel fotográfico, durante um período em que eu imprimia em papel de fibra, viradas a selénio, durante e depois de ter frequentado a Academia de Artes Visuais de Macau.

autoretrato

Chamo-lhe autoretrato por causa dos três elementos que a compõe. Foi tirada na Av. Almeida Ribeiro num dia de chuva, a princípio chamava-se "O homem da bicicleta" mas como este título foi plagiado pelo autor de um filme experimental, nunca mais o usei.

os marujos

A Ilha Verde. Para quem conhece Macau, a Ilha Verde, de poético, só tem o nome, de resto fica situada na zona industrial de Macau. Mesmo assim, os meus marujos estavam lá, não inventei nada, era um final de tarde quente e bonito como há poucos em Macau, e eles estavam a descansar, à frente do barco.

fabrica de panchões

Não sei sei se a fabrica de panchões da Ilha da Taipa, ainda existe. De qualquer maneira, quando entrei, estavam estes dois no hall de entrada. Acho que não me deixaram ver o resto da fábrica, não me recordo e não tenho registos.

filmagens da trança feiticeira

Para as filmagens de "A trança feiticeira", vestiram uma quantidade importante de figurantes com trajes do século XIX, e usaram o escadório das ruínas de São Paulo. Usaram tantos fogos de artifícios que, quando a cena atingiu o ponto mais intenso, pensei que iam arrebentar com o local. Os figurantes corriam em todas as direções, e o dragão estava enlouquecido. Ainda bem, que os apanhei. Com filme de 3200 asa para os amadores de grão.

o esplendor na relva

A tarde de verão como só em Macau, quente e húmida, pegajosa e suada. Estes dois deviam vir da piscina. Lembrei-me do Montgomery Cliff e da Liz Taylor, num filme que acaba em beleza.

o homem na multidão

Isto foi numa das ruas adjacentes ao mercado vermelho, ele estava a conversar no meio da multidão, vestido com um casaco castanho de seda chinesa.