Tuesday 24 July 2007
Choekyi Nyima
Os esforços da Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas para localizar o Panchen Lama designado pelo Dalai Lama, Gedhun Choekyi Nyima, viram-se contrariados pelo governo chinês ao não permitir a visita da Alta Comissária dos Direitos Humanos, Nary Robinson, a fim de se encontrar com ele.
Nary Robinson visitou a China a princípio de Setembro de 2006 depois de ter recebido queixas que o Panchen Lama de nove anos de idade, estava a ser mantido captivo num lugar desconhecido durante estes últimos três anos.Gedhun Choeki Nyima foi preso em 1995 ainda antes de ser entronado oficialmente. O seu paradeiro mantem-se desconhecido desde então. Os chineses instalaram Gyanchain Norbu como o 11º Panchen Lama em Dezembro 1995.
Fontes no governo tibetano no exílio revelaram que as autoridades chinesas informaram a comissionária Robinson de que Nyima estava bem. Não identificaram o lugar onde se encontra mantido.
As autoridades chinesas também não lhe permitiram visitar o preso político, Yulo Tawa Tsering.
Os tibetanos recusaram de aceitar o Panchen Lama instalado pelos chineses e apelaram às NU e à comunidade internacional para libertarem Nyima do seu encarceramento.
Sempre mantiveram que a procura e o reconhecimento da reincarnação do Panchen Lama é um assunto religioso. Por causa da relação única histórica e tradicional entre o Dalai Lama e o Panchen Lama, todos os procedimentos foram conduzidos com grande cuidado para identificar Nyima como a reincarnação do Panchen Lama.O prévio Panchen Lama morreu no Tibete no dia 28 de Janeiro de 1989, depois do qual a procura pela sua incarnação começou.
O 25 de Abril de 2006 marcou o 17º aniversário do 11th Panchen Lama do Tibete. O pânico continua, atingindo Choekyi o início da adolescência e o fim da infância. O dia também significou 11 anos de detenção, de encarceramento e a mais grave violação dos direitos de uma criança.
A 15 de Maio de 1995, Gedun Choekyi Nyima de seis anos de idade foi reconhecido como a reincarnação do 10º panchen Lama do Tibete, o segundo lama de mais alto grau do budismo tibetano. No dia 17 de Maio de 1995, ele e os pais, foram raptados pelo governo chinês e o Panchen aparece agora como o preso político mais novo do mundo. O seu paradeiro permanece desconhecido...
Um ano mais tarde, em Maio 1996, a RPC admitiu manter o rapaz "a pedido dos pais" porque "ele corria o risco de ser raptado por separatistas e que a sua segurança estava a ser ameaçada". Tais hilários comentários e a hesitação chinesa em revelar o seu paradeiro, simplesmente ecoa o facto ressonante de que a diplomacia chinesa perdeu o seu brilho. O acto ultrajante da China reflecte a repressão religiosa que prevalesce no Tibete. O caso do desaparecimento do Panchen Lama afirma-se como uma rejeição aberta, e uma completa negligência por parte da RPC, para os direitos e liberdades das crianças tibetanas.
A detenção do rapaz de seis anos de idade, fez dele, o preso político de consciência, mais novo do mundo. Apesar disto, a RPC raptou e detem o rapaz, pelo crime de ser uma reincarnação espiritual de uma grande tradição religiosa.
A impossibilidade de defesa e a imaturidade da criança foi explorada para servir os fins políticos do estado. Ao desprover liberdade ao Panchen Lama, a China desprovou a liberdade de fé e consciência ao povo tibetano, que ainda considera Gendhun Choekyi Nyima como o verdadeiro Panchen Lama.
Tibetan Women's Association, Central Executive Committee Bhagsunath Road, P.O Mcleod Ganj, Dharamsala-176219, Kangra (H.P) India Tel: 91-1892-221527,221198, Fax:91-1892-221528 E-mail: tibwomen@yahoo.com
O porta-voz especial da NU da Liberdade de Religião e Crença, Asma Jehangir, relatou que o governo chinês a informou de que Gedhun Choekyi Nyima, o rapaz reconhecido pelo Dalai Lama como o Panchen Lama, está actualmente a estudar numa "escola secundária" e que ele "está a ter uma vida normal, feliz e a reeceber uma boa educação cultural."
Jehangir disse que escreveu ao governo chinês em 9 de June de 2005, para sublinhar o décimo aniversário do desaparecimento do Panchen Lama, e para "exprimir a sua preocupação accerca da grave interferência com a liberdade de culto dos budistas tibetanos, que têm o direito de escolher o clérigo de acordo com os seus próprios ritos, e que foram desprovidos dos seus leadeers religiosos.
Na resposta deles, três meses depois, o governo chinês informou Jehangir em 7 de Setembro de 2005, dizendo, "De momento, Nyima está de boa saúde e que, como as outras crianças, está a ter uma vida normal e a receber uma boa educação cultural". A resposta chinesa repetiu a sua posição de que ele não é o Panchen Lama.
Desde 1997, a China sempre falhou em fornecer documentos por escrito, como pedido pelo Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários da Comissão sobre Direitos Humanos, a fim de provar que Ghedun Choekyi Nyima e a família dele não desejavam ser incomodados por forasteiros.
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